Bolsonaro vai ao aeroporto receber pessoalmente o motorista preso na Rússia

Folha de Rondônia6 de maio de 2021Última Atualização 6 de maio de 2021

O presidente Jair Bolsonaro foi ao aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (5), para receber pessoalmente o motorista Robson Nascimento de Oliveira, que ficou mais de dois anos preso na Rússia após entrar no país com um medicamento proibido.

Oliveira foi preso em 17 de março de 2019 e, à época, trabalhava para o jogador Fernando, integrante do Spartak Moscou. A prisão aconteceu pois o motorista levava em sua bagagem caixas do medicamento Mytedon (cloridrato de metadona), indicado para alívio da dor aguda e crônica intensa e é legalizado no Brasil, porém é proibido na Rússia. A defesa do motorista sempre informou que os medicamentos seriam para William Pereira de Faria, sogro de Fernando. O jogador e sua família não confirmaram as informações ao governo russo.

O presidente Vladimir Putin assinou o indulto de Robson, confirmando o perdão da condenação que ele recebeu da Justiça da Rússia após intervenção do presidente Bolsonaro. Em conversa à imprensa no aeroporto, ao lado de Robson, Bolsonaro disse que ficou sabendo do caso no ano passado e desencadeou esforços diplomáticos para tentar trazer o motorista de volta ao país, incluindo um telefonema dele próprio ao presidente russo. Ele elogiou o trabalho do Itamaraty e agradeceu Putin pela decisão.

“Faríamos isso com qualquer brasileiro em situação semelhante. Liberdade para nós não tem preço. E publicamente agradeço o presidente Putin e seu governo por ter assinado esse indulto, que é muito marcante para o povo brasileiro“, afirmou o presidente.

Robson será contratado para trabalhar como motorista do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), amigo pessoal de Bolsonaro e um de seus mais fiéis aliados no Congresso. O motorista falou com os jornalistas e contou sobre seu drama em uma prisão russa:

“Eu só estou aqui por intervenção dele. A partir do momento em que ele interveio, minha vida lá dentro melhorou bastante, o tratamento mudou. Se demorou ou não, hoje não interessa. O que importa é que eu estou aqui. Eu nunca perdi a esperança. Até porque eu era inocente. Era muito difícil mesmo, não teve momentos fáceis. Mas tive muita fé em Deus“, desabafou Robson.