Mais de 200 taxistas interditaram uma das principais ruas de Santiago, capital do Chile, nesta última terça-feira 26, para protestar contra o aumento do preço dos combustíveis e pedir ao governo maior regulamentação sobre os aplicativos de transporte.
Os manifestantes avançaram pelas principais vias e chegaram ao Palácio de La Moneda, com intenção de entregar uma carta com exigências ao presidente chileno, Gabriel Boric.
Segundo a categoria, o preço dos combustíveis subiu por 48 semanas consecutivas no país e estima-se que o aumento seja de cerca de 20% desde o início da invasão russa na Ucrânia.
O governo do Chile, importador de petróleo, apresentou no fim de março um projeto de lei para injetar US$ 40 milhões em um fundo que estabiliza os preços dos combustíveis e que foi aprovado por unanimidade no Parlamento no início de maio. Esse fundo busca estabilizar os preços domésticos, isolando-os da volatilidade de curto prazo que afeta as cotações internacionais.
Regulamentação
A lei que regulamenta plataformas como Uber ou Cabify está em tramitação no Parlamento e estabelece que essas empresas devem se registrar em cartório com todas as informações de seus motoristas e veículos e ter seguro para passageiros e motoristas, que devem ter habilitação profissional.
Segundo os taxistas, há uma concorrência desigual com as plataformas de serviços de transporte, pois os taxistas devem pagar uma taxa de habilitação e cumprir todos os parâmetros estabelecidos por lei, situação que não ocorre com os aplicativos.