Sob a ditadura de Nicolás Maduro, a cesta básica na Venezuela custa em torno de US$ 460 (R$ 2,5 mil), equivalente a quase 20 salários mínimos da Venezuela. A informação foi divulgada pelo Centro de Documentação e Análise Social da Federação Venezuelana de Professores (Cendas-FVM), na quinta-feira 21.
A cesta básica é composta de 60 produtos básicos, como arroz, feijão, macarrão e café. Conforme o Cendas, o kit aumentou US$ 160 (cerca de R$ 880), se comparado a junho de 2021, quando custava aproximadamente US$ 300 (R$ 1,6 mil).
Contudo, em junho deste ano, o valor da cesta em dólar teve um decréscimo de cerca de -3%, em relação a maio de 2022, em que ficou perto de (US$ 470) R$ 2,6 mil. No cálculo da moeda local (bolívar venezuelano), em junho, o kit custava cerca de 2,6 mil bolívares, aumento de 5% em relação a maio deste ano, quando a cesta custava 2,4 mil bolívares.
De acordo com o Cendas-FVM, o produto que teve o maior aumento foi o óleo (cerca de 20%), seguido pelos cereais e derivados de leite (18%), e o café (quase 17%). Na semana passada, Maduro afirmou que a economia do país cresceu “dois dígitos no primeiro semestre do ano”. O ditador não especificou o valor exato, dizendo que essa era uma tarefa do Banco Central da Venezuela (BCV).
Desde 2019, o BCV não publica nenhuma informação sobre a economia da Venezuela. A mais recente informação foi que o Produto Interno Bruto do país caiu pouco mais de 25% neste ano.
Segundo as informações do Observatório de Finanças da Venezuela, a economia do país cresceu quase 8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período no ano passado. O motivo seria o aumento da atividade petrolífera da Venezuela.