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Crise na Argentina: vendas no varejo caem 6% em julho

Renúncia do ex-ministro da Economia Martín Guzmán e a promoção de Silvina Batakis despertaram um clima de desconfiança no país.


Um relatório da Confederação Argentina de Médias Empresas (Came) mostra que as vendas no varejo caíram 6% entre junho e julho. Em relação a 2021, a baixa é de 3,5%. As vendas de alimentos caíram 6,2%, e as de vestuário registraram uma contração de quase 13%.

O Came realizou um levantamento com mais de mil pequenos negócios em todo o país nos primeiros dias de agosto, a fim de obter dados sobre o desempenho de julho. Até agora, em 2022, as vendas no varejo acumularam uma queda de 3,8%, em comparação com os sete primeiros meses de 2021.

Foto: Joka Madruga

A renúncia do ex-ministro da Economia Martín Guzmán e a promoção de Silvina Batakis despertaram um clima de desconfiança no país, que precipitou uma queda na demanda por pesos e uma alta no preço do dólar.

Os indicadores de consumo “antecipam” o rumo de toda a atividade econômica, em razão do peso que essa variável exerce sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Com um nível de investimento e exportações estagnado e o consumo em queda, os sinais de recessão são cada vez mais claros.


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