Na semana passada, voltou a circular nas redes sociais uma entrevista polêmica de 2021 com o jornalista Eduardo Bueno. Imagens mostram o homem atacando o presidente Jair Bolsonaro e proferindo ofensas contra seus apoiadores.
“Tô cansado desse filho da puta e das pessoas que votaram nesse cara”, disse Bueno. “Essa gente tem de ser linchada. Tem que partir para a guerra, para o confronto. Tem de queimar o Palácio do Planalto. Tem de pôr fogo nele.”
No sábado 6, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou nas redes sociais, depois da repercussão do episódio. “Tacar fogo no presidente?”, escreveu. “Inquérito no STF? Antidemocrático? Que nada, para eles isso é defesa da democracia. Querem Bolsonaro, mas ele seria apenas o primeiro. Depois dele virão atrás de mim e de você. Já conhecemos o ‘modus operandi‘.”
O parlamentar fez alusão às investigações criminais abertas pelo Supremo Tribunal Federal, que prendeu conservadores. Juristas ouvidos por Oeste afirmam que a Corte não tem o direito de conduzi-las.
Tacar fogo no presidente.
Inquérito no STF?
Antidemocrático?Que nada, para eles isso é defesa da democracia. Querem Bolsonaro, mas ele seria apenas o 1º. Depois dele virão atrás de mim e de você. Já conhecemos o “modus operandi” deles. https://t.co/jz2z53YPpy
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 6, 2022
Moraes manda prender homem que criticou Lula e o STF
No fim do mês passado, o ministro do STF Alexandre de Moraes mandou prender Ivan Rejane Forte Boa Pinto, 46 anos. Isso porque o homem prometeu “caçar” o ex-presidente Lula.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Ivan diz: “As tchutchucas do PT estão em desespero porque sabem que nós da direita vamos fazer o maior 7 de Setembro da história. É o STF que rasga a Constituição e eu tenho o direito de chamar todos esses caras de vagabundos e mentirosos”.
Ao prender Ivan, Moraes argumentou que as declarações do homem “se revestem de convocação de terceiros não identificados, com união de desígnios, para utilização abusiva dos direitos de reunião e liberdade de expressão, para atentar contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, ignorando a exigência constitucional de as reuniões serem lícitas e pacíficas”.