TCU aprova desestatização do metrô de Belo Horizonte
Sindicato reagiu e determinou o fechamento de estações na capital do Estado, em protesto à decisão.
Na quarta-feira 24, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o processo de privatização do metrô de Belo Horizonte (MG). Com a decisão, o edital para a venda da participação da União poderá ser publicado em até 30 dias.
Greve contra a privatização
Em reação à decisão unânime do tribunal, o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG) fechou 19 estações no trecho entre Belo Horizonte e Contagem, na Grande BH, nesta quinta-feira, 25. A categoria é contra a privatização. Mais de 100 mil passageiros estão sendo afetados pela paralisação dos metroviários.
O leilão
A previsão inicial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), vinculado ao Ministério da Economia, é publicar o edital ainda em setembro e fazer o leilão até o fim do ano.
O objetivo é que a operação viabilize a construção de uma nova linha do metrô da capital mineira e de um novo pátio, além da ampliação da linha atual. O contrato prevê a outorga por 30 anos da linha existente e também das estruturas que serão construídas.
O critério de julgamento da licitação será o da maior oferta pelas ações da empresa VDMG Investimentos, que foi desmembrada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O preço mínimo estabelecido foi de R$ 22,8 milhões.
Para a assinatura do contrato, no entanto, será exigido ainda um aumento de capital da empresa no valor de quase R$ 230 milhões, a ser integralizado em dinheiro. A expectativa é de investimentos de quase R$ 4 bilhões ao longo de todo o contrato.