Saúde

Varíola dos macacos: prefeitura de São Paulo recomenda uso de máscaras

Doença não é transmitida pelas vias respiratórias, afirmam especialistas.


A Prefeitura de São Paulo recomendou o uso de máscaras como medida de enfrentamento da varíola dos macacos. A orientação foi publicada na quarta-feira 24, depois de aval das “autoridades sanitárias” da capital.

As diretrizes aos estabelecimentos incluem higienização frequente de superfícies, disponibilização de recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou de pias com água e sabão para lavagem das mãos.

Conforme a Secretaria Municipal, a população tem de evitar “contato íntimo”, como beijos, abraços ou fazer sexo com pessoas que tenham “erupções cutâneas” ou que tenha tido diagnóstico confirmado para doença.

O “comitê sanitário” estuda ainda protocolos para as escolas.

Foto: Reprodução/Prefeitura de SP

“A varíola dos macacos é transmitida por meio do contato prolongado e direto entre pessoas e as lesões ativas do vírus, e não por via respiratória”, constatou o médico Paulo Porto, membro do Médicos Pela Vida, grupo que se dedica a estudar a covid-19 desde o início da pandemia. “Assim, o efeito das máscaras para reduzir a transmissão desta doença é desprezível.”

Para Melo, em vez da recomendação do uso de máscaras, há estratégias mais eficientes para conter o avanço da doença, como estimular a educação dos principais grupos de risco para o contágio (homens que estejam fazendo sexo com outros homens), evitar contatos íntimos com indivíduos contaminados e seguir o isolamento por 21 dias.

Para Roberto Zeballos, clínico-geral com doutorado em Imunologia, a varíola dos macacos não é uma doença de via respiratória. “Cadê os casos que foram transmitidos por gotículas? Se a contaminação fosse por aerossóis não teria essa predominância de 95% nos casos onde ocorrem relações sexuais íntimas”, disse.


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