A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu uma tentativa de atentado na noite desta quinta-feira. O ataque ocorreu em frente à sua casa, no bairro nobre da Recoleta, em Buenos Aires, onde um homem a abordou com uma arma de fogo, que falhou na hora do disparo, de acordo com imagens capturadas no local. Ele foi detido pelos agentes que cuidam da segurança de Cristina.
As autoridades disseram que o agressor foi identificado como Fernando Andres Sabag Montiel, um cidadão brasileiro de 35 anos, que tem residência na Argentina desde a década de 1990. Nascido em São Paulo, filho de um chileno com uma argentina, Montiel trabalha como motorista de aplicativo e tem antecedente criminal por porte de arma branca. No Brasil, não tem antecedentes criminais.
A arma utilizada no crime era uma pistola Bersa de calibre .32 e estava carregada com cinco balas, disseram as autoridades.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fez um discurso em cadeia nacional depois da tentativa de assassinato. Ele repudiou o ataque, convocou todos os argentinos a lutarem contra o discurso de ódio “e qualquer forma de violência” no país e decretou feriado nacional nesta sexta-feira “em solidariedade” a sua vice-presidente.
Cristina estava conversando com apoiadores em frente ao edifício em que mora quando foi abordada pelo homem armado, que mirou sua cabeça e engatilhou a arma, mas ela não funcionou. Segundo relataram ao jornal La Nación pessoas que estavam no local, a vice-presidente chegou a se agachar.
O atacante foi preso imediatamente e transferido para uma delegacia de polícia, onde seria interrogado, informou o ministro da Segurança, Aníbal Fernández. O caso está sendo conduzido pela juíza María Eugenia Capuchetti.
Agora a situação tem que ser analisada pelo nosso pessoal da perícia para avaliar os traços, a capacidade e disposição que essa pessoa tinha, indicou Fernández.