Dados divulgados nesta segunda-feira, 19, pelo Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) demonstram que o pão acumula aumento não observado nos últimos anos: entre agosto de 2021 e 2022, o preço do alimento subiu 18%, considerando o aumento médio nos 27 países membros da União Europeia (UE).
Entre agosto de 2020 e o mesmo mês de 2021, o aumento no preço do pão tinha sido de 3%. A inflação sobre o produto não é a mesma para todos os países: o mais afetado e que lidera de forma isolada o ranking é a Hungria, com aumento de 66% no preço do pão em um ano.
Muito atrás, mas com índice assustador, estão a Lituânia, Estônia e Eslováquia, que viram o preço do pão saltar cerca de 33%. Depois, aparecem Polônia (30%), Bulgária (29%), República Tcheca (27%), Romênia (25%), Grécia (23%), Eslovênia (19%) e Chipre (19%). Nesses países, o aumento foi superior ao registrado na UE.
A inflação mais baixa foi na França, onde o pão aumentou 8% em um ano. Em seguida, estão Holanda e Luxemburgo, com índices de inflação de 10% sobre o produto. Na Alemanha, o pão subiu 18%, o mesmo patamar da UE. Na Espanha, Dinamarca, Portugal e Irlanda o aumento foi de 15%. Na Suécia, Bélgica e Itália, 14%.
A Eurostat atribuiu à guerra na Ucrânia a inflação sem precedentes recentes, já que os dois países envolvidos no conflito estão entre os principais exportadores de trigo e fertilizantes. Em maio, o trigo atingiu assim um recorde de € 438,25 por tonelada; agora, está cotado em cerca de € 350 por tonelada.
A taxa de inflação anual da Zona do Euro ficou em 9,1% em agosto de 2022, em comparação com 8,9% em julho. Um ano antes, essa taxa era de 3%.