Justiça

STF tem parceria com grupos de esquerda para combater a desinformação

O programa foi criado pelo ministro Luiz Fux no ano passado.


O Supremo Tribunal Federal (STF) firmou parcerias para combater a “desinformação”. Na lista de entidades selecionadas pela Corte estão organizações radicais de esquerda. A informação foi publicada pelo jornal Gazeta do Povo, no sábado 17.

O programa foi criado em 2021 pelo ministro Luiz Fux e prevê “coibir apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência”.

Uma das entidades parceiras é a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), que surgiu em 2020, como um projeto de pós-doutorado da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na sua página, o grupo cita que tem “uma atuação voltada para a informação de qualidade”, com “princípios éticos voltados para o bem da coletividade brasileira.”

Dentre os membros da rede, estão grupos com uma clara pauta ideológica à esquerda. A lista de organizações afiliadas inclui o Sleeping Giants, que tem um longo histórico de perseguição a grupos conservadores e de intimidação de patrocinadores, e o Brasil de Fato Pernambuco — que apoia declaradamente as pautas da esquerda radical.

Foto: Nelson Jr/SCO/STF

A editora do Brasil de Fato Pernambuco, Monyse Ravenna, é ligada ao MST e até escreveu um livro sobre a versão infantil do movimento. O Instituto Vero, outro membro da rede, tem o youtuber e militante de esquerda Felipe Neto como cofundador.

Ainda assim, o STF considerou a RNCD confiável o bastante para estabelecer uma parceria. A rede foi coorganizadora, ao lado do STF, de um seminário virtual sobre a desinformação em julho deste ano.

Mais recentemente, a Corte lançou cinco vídeos em parceria com a RNCD. As publicações não passam de 500 visualizações no canal do STF no YouTube. Nos vídeos, há a participação Ivone Rocha, uma das gestoras de uma entidade chamada Devir Educom, que integra a RNCD.

Ivone não esconde suas preferências políticas em seus perfis nas redes sociais. “Impossível pensar que alguém, que raciocine direito, possa pensar em reeleger esse sujeito”, escreveu ela, em 9 de agosto deste ano. Ivone se referia a Jair Bolsonaro.

Em maio, Ivone defendeu o voto em Lula como a única opção viável contra Bolsonaro: “Para quê terceira via? Precisamos primeiro eliminar esse mal que assola o Brasil. Depois a gente segue cada um para o seu lado. O caminho está aí”, escreveu ela, ao compartilhar uma notícia de que o petista havia aparecido na capa da revista Time.

Em nota, a assessoria do STF assegurou que o programa é apartidário e não envolve nenhum tipo de discussão a respeito de correntes políticas. Ainda segundo a Corte, a RNCD “reúne uma série de entidades das mais diversas atuações”.


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