Economia

BTG compra banco em Luxemburgo


O BTG Pactual adquiriu integralmente o FIS Privatbank, banco privado sediado em Luxemburgo, um dos principais centros financeiros da Europa. O valor da negociação foi de € 21,3 milhões (pouco mais de R$ 120 milhões).

A aquisição visa complementar a oferta de produtos, especialmente na gestão de fortunas, além de ampliar a presença internacional. O banco já tem corretoras em Portugal e Reino Unido e busca uma licença desse tipo na Espanha.

Entre suas principais atividades, o FIS tem foco em gestão patrimonial e de ativos de grandes fortunas, com € 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) sob gestão e mais de 300 clientes, sendo a maioria pessoas físicas de alta renda e investidores institucionais.

“Esta aquisição faz parte de uma decisão estratégica de negócios e é mais um marco importante da nossa presença na Europa”, afirmou Roberto Sallouti, CEO do BTG, em nota. “Ao operar um banco em Luxemburgo poderemos atender, de forma ainda mais personalizada e exclusiva, todas as necessidades de nossos clientes latino-americanos e europeus.”

Além disso, o BTG oferecerá também seus produtos e serviços para a base atual de clientes do FIS. “Estar em Luxemburgo será um elemento chave para potencializar as atividades dos clientes, atrair novos e servi-los com a mesma dedicação que fazemos nos nossos mercados de origem”, explicou Sallouti.

A operação está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores, inclusive do Banco Central do Brasil, e a expectativa é que seja concluída em cerca de seis meses.

O FIS foi criado como uma subsidiária do banco alemão Sparkasse Bremen e desde 2001 opera como uma instituição independente.

Com a globalização dos mercados financeiros nos últimos anos, os clientes brasileiros e latino-americanos do banco têm buscado cada vez mais uma diversificação internacional dos investimentos.

O BTG administra mais de R$ 1,3 trilhão em ativos para clientes em todo o mundo, sendo que em gestão patrimonial são R$ 546 bilhões.

Agora, com um banco na Europa — e não apenas corretoras —, o BTG não precisa mais encaminhar seus clientes para instituições parceiras e, ao deter as contas, poderá até mesmo ofertar crédito para os clientes em determinas operações tradicionais desse segmento.


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