Frente da Agropecuária critica delegação do governo que visita a China
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou a fala do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, na China. No cargo por indicação do presidente Lula, o político tentou relacionar a suposta destruição da Amazônia ao agronegócio.
“É preciso reconhecer que o Brasil tem problemas ambientais”, declarou. As falas do político contra a agropecuária ocorreram em um evento para aumentar as exportações brasileiras à China.
Em resposta, a FPA emitiu uma nota oficial, na terça-feira 28, lamentando as falas de Viana. “É intangível o estrago que um porta-voz brasileiro, responsável pela promoção das exportações, faz, ao se permitir macular toda a pesquisa, tecnologia e precisão implantados pelo setor agropecuário, numa premissa ultrapassada desprovida de informações científicas e oficiais.”
O documento informa que os produtores brasileiros seguem rígidas regras ambientais. “O Código Florestal impõe ao proprietário rural cotas de preservação ambiental da propriedade por bioma: 80% na Amazônia, 35% no cerrado e 20% aos demais, além de manter preservação em cursos d’água”, destacou. Ou seja: o agronegócio é obrigado por lei a preservar.
Além disso, o comunicado mostra dados que comprovam que o Brasil é um campeão de preservação. “A área de uso do território nacional para agricultura e pecuária soma 27,8%, atrás de países como China, (55,1%), Alemanha (46,6%), Estados Unidos (41,3%) e Argentina (39%)”, informou. Desse modo, o país tem a menor proporção de terras de agronegócio, quando comparado a outros grandes produtores.
“O político não utilizou os dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas”, declarou a FPA, sobre as afirmações contra a agropecuária brasileira feitas na China. “Essas informações mostram que o Brasil é líder em produção sustentável entre os grandes países agroexportadores.”