Gripe aviária põe governo de São Paulo em alerta
O aumento de casos da gripe aviária em países como a Argentina pôs o governo do Estado de São Paulo em alerta. Em um comunicado publicado nesta semana, as autoridades notificaram a “necessidade de reforçarem as medidas de biosseguridade em grau máximo”.
A gripe aviária não chegou ao Brasil, mas São Paulo acompanha os casos nos países vizinhos, porque a transmissão ocorre por aves silvestres contaminadas. Assim, a dissipação é feita por animais impossíveis de serem controlados.
As medidas de segurança envolvem impedir o contato direto ou indireto das aves silvestres, como os patos selvagens, com as galinhas e os frangos nas criações comerciais. Não há tratamento para o animal doente.
Quando um caso é confirmando em uma granja, o animal é sacrificado. Como a doença é altamente transmissível, todos os espécimes que tiveram contato com ele também são mortos.
“Reforçamos a necessidade de verificações diárias da integridade das telas dos aviários, evitando assim que aves de vida livre tenham contato com as aves alojadas”, alerta a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. “Que no interior dos núcleos não existam árvores frutíferas que possam atrair aves silvestres. Manter área interna do núcleo avícola com vegetação baixa e sem acúmulo de água, principalmente neste período chuvoso.”
A luta para evitar a gripe aviária em São Paulo se dá para proteger a maior produção de ovos e uma dos mais expressivos fornecedores de carne de frango do país.
Praticamente 30% de todos os ovos brasileiros tiveram origem no Estado, em 2022. No mesmo ano, os paulistas foram responsáveis por cerca de 8% dos abates nacionais de frango.
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