William Waack: ‘Lula ridiculariza o cargo de chefe de Estado’
O apresentador e comentarista da CNN Brasil William Waack foi mais um dos profissionais da grande mídia a criticar as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que afirmou que o plano para matar o então senador Sérgio Moro seria uma “armação”.
O plano, descoberto pela Polícia Federal (PF), tinha como objetivo executar autoridades e membros do poder público, entre elas o ex-ministro.
Na abertura do WW, da CNN Brasil, na noite desta quinta-feira 23, o âncora apontou como um possível “desequilíbrio emocional” do petista durante a entrevista. E ainda afirmou que “equilíbrio emocional é o mínimo que se espera de qualquer chefe de Estado”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acha que o plano do crime organizado para matar o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), entre outros alvos, é uma armação do próprio Moro.
Essa afirmação do presidente da República não para de pé um só segundo, pois não tem a menor base nos fatos.
Mas admita-se que todo político tenha o direito de se cobrir de ridículo e de dar um tiro no próprio pé. Porém, quando o político é presidente da República, as coisas ridículas que ele diz têm outra dimensão.
Nesse caso, a dimensão do que Lula disse é ridicularizar o trabalho da Polícia Federal, que prendeu os bandidos do PCC que armavam os atentados. Ridicularizar o Ministério Público de São Paulo, que descobriu o plano do crime organizado. Ridicularizar seu ministro da Justiça, que qualificou de muito séria a investigação. Ridicularizar o próprio cargo de chefe de Estado.
O que levanta uma outra indagação. A um político experiente como Lula costuma-se atribuir a cada palavra que diz um cálculo político. Qual teria sido a intenção política de Lula ao reiterar três vezes uma bobagem como essa, a da armação de Moro?
Ou foi só o resultado do estado psicológico de uma pessoa que produz maus resultados políticos para si mesma, pois vive presa a uma confusão de sentimentos, ódios, rancores?
Equilíbrio emocional é o mínimo que se espera de qualquer chefe de Estado.