CFM proíbe prescrição de anabolizantes para fins estéticos
O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes para fins estéticos, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 11, no Diário Oficial da União (DOU).
A decisão foi tomada pelas sociedades médicas de endocrinologia e metabologia, de cardiologia, de urologia, de medicina do esporte, de dermatologia, de geriatria e gerontologia, além das federações de ginecologia e obstetrícia e de gastroenterologia.
Todas as entidades divulgaram uma carta conjunta pedindo ao CFM a regulamentação do tema sobre o uso de esteroides anabolizantes e similares, para fins estéticos e de performance.
O conselho alegou a falta de comprovação científica dos benefícios e da segurança dessas terapias. De acordo com o CFM, não há estudos clínicos de boa qualidade que atestem a dimensão sobre os riscos associados a esses hormônios para homens e mulheres.
“Não existe dose mínima segura, como alguns usuários alegam”, argumentou o presidente do CFM, José Hiran Gallo. “Por isso, estamos proibindo essa prática.”
Gallo cita vários efeitos adversos, como problemas cardiovasculares, que englobam hipertrofia cardíaca, hipertensão arterial e infarto agudo do miocárdio, doenças hepáticas, como hepatite medicamentosa e insuficiência hepática aguda.
No campo psicológico pode desencadear depressão. Além de disfunção erétil, diminuição da libido, infertilidade, aumento da agressividade e dependência, maior risco de formação de placas nas coronárias, que podem causar um AVC ou ataque cardíaco.
Em relação às indicações dos hormônios anabolizantes já previstas na literatura médica, não vai haver mudanças, como é o caso do tratamento de doenças como hipogonadismo, puberdade tardia, entre outros.
