Política

Ministro das Comunicações fecha empresa de haras depois de encontro com Lula


O ministro Juscelino Filho, das Comunicações, fechou a empresa responsável pelo haras Fantasia Haras e Parque Luanna, um dos pivôs do mau uso do dinheiro público por parte do ministro. O local também já foi usado para leiloar cavalos. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo na quinta-feira 6.

O documento do fechamento data de 13 de março deste ano, uma semana depois do encontro de Juscelino com o presidente Lula. Na ocasião, o ministro foi dar explicações sobre uma série de escândalos — incluindo a questão do haras —, denunciados pela imprensa.

Em resposta à Folha, a assessoria do ministro informou que “a pessoa jurídica da empresa não está mais ativa” e que Juscelino “não é mais sócio da empresa desde 2011”.

Segundo o veículo de comunicação, apesar de Juscelino ter transferido em 2011 a empresa no papel para a própria irmã, Luanna Rezende (União Brasil), prefeita da cidade de Vitorino Freire (MA), e para o sócio, Gustavo Marques Gaspar, na prática, o ministro nunca deixou de se apresentar como dono do local. “Ele admitia essa condição publicamente em leilões de cavalos”, informou o jornal.

Depois de 13 de março, a empresa responsável pelo haras continuou fazendo publicações em seu perfil no Instagram. A última postagem foi realizada ontem. Em tese, o haras, cuja razão social era Bringel e Rezende Ltda., estava em nome de Luanna e de Gaspar.

A empresa foi fundada em 2007 pelo ministro, em sociedade com a própria irmã. Mas, em 2011, Juscelino deixou de ser sócio, abrindo espaço para Gaspar. O documento que formalizou o fim da empresa não explica de forma clara o motivo do fechamento, mas diz que os sócios não se interessavam mais em continuar com a sociedade e resolveram “extingui-la”.

Entre fevereiro de 2015 e agosto de 2016, Gaspar foi assessor parlamentar de Juscelino, com o salário mensal de quase R$ 13 mil. A partir de 2019, o sócio da empresa passou a atuar no Senado. Em fevereiro deste ano, ele recebeu R$ 18 mil e, no mês seguinte, foi exonerado da função, depois de o jornal O Estado de S. Paulo mostrar o vínculo dele no haras.


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