Seca de março a derruba safra de grãos da Argentina
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos prevê a redução da safra de grãos da Argentina. Divulgados nesta terça-feira, 11, os dados mostram cortes expressivos para a produção de milho, soja e trigo. Desse modo, o país deve registrar o prejuízo de bilhões de dólares para o país.
Somando as lavouras de soja, milho e trigo, os argentinos colheram cerca de 115 milhões de toneladas em 2022. Para 2023, o órgão estima que a produção do país fique em cerca de 76 milhões de toneladas. Assim, a redução chega a um terço, ou quase 40 milhões de toneladas.
Realizando previsões com base em números semelhantes, a consultoria Cohen estimou que o desastre na colheita resultará em um prejuízo de US$ 25 bilhões ao país. Segundo os analistas, “as altas temperaturas e a falta de chuva em março” estão levando a esse cenário.
De acordo com o departamento norte-americano, a colheita de trigo de 2023, por exemplo, será 43% menor, em comparação ao ano anterior. O desfalque se aproxima de 10 milhões de toneladas, com a produção caindo de 22 milhões de toneladas para 12 milhões de toneladas.
A estimativa para a produção de milho caiu de quase 50 milhões de toneladas para 37 milhões de toneladas. E a de soja foi de 44 milhões de toneladas para 27 milhões de toneladas. Ou seja: queda de 25% e 38% para essas colheitas, respectivamente.
Com a derrocada da colheita, também houve a queda da previsão para a exportação. Na esteira da queda da safra, também houve o corte de 40% nas estimativas para os embarques de grãos ao mercado externo.