Corinthians e Ferroviária avançam e decidirão Brasileirão Feminino
A confirmação da vaga na final veio de formas distintas, mas Corinthians e Ferroviária superaram seus adversários e farão a grande decisão do Campeonato Brasileiro Feminino A1 de 2023. Neste sábado (2), as Brabas voltaram a derrotar o Santos, desta vez por 2 a 0 e se garantiram na decisão pela sétima temporada consecutiva. Já a Ferroviária viu o São Paulo desfazer a vantagem que as Guerreiras Grenás haviam construído no primeiro jogo e levar a definição da vaga para as penalidades depois de um triunfo por 2 a 0 nos 90 minutos. Na disputa por pênaltis, a estrela da goleira Luciana brilhou, dando a vitória à Ferroviária por 3 a 1. Corinthians e Ferroviária reeditarão a decisão do Brasileiro de 2019, vencido pela equipe de Araraquara nos pênaltis.
AS BRABAS ESTÃO EM MAIS UMA FINAL DE CAMPEONATO!!!! VAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI, CORINTHIANS!💜 pic.twitter.com/UPzeMLH45B
— Corinthians Futebol Feminino (@SCCPFutFeminino) September 2, 2023
Os dois jogos da final ocorrerão ao longo dos próximos sete dias. Na quinta (7), a Ferroviária recebe o Corinthians na Arena Fonte Luminosa. Três dias depois, a equipe do Timão será a mandante no derradeiro duelo.
No confronto da primeira fase, as Brabas – como é conhecido o time feminino do Corinthians – golearam a Ferroviária, fora de casa, por 4 a 1, em jogo da quarta rodada.
Brabas vencem Sereias da Vila por 2 a 0
No Parque São Jorge, o Corinthians, comandado por Arthur Elias – recém-nomeado técnico da seleção brasileira feminina – tinha larga vantagem para o jogo de volta contra o Santos. Afinal, na ida, as Brabas, ganharam por 3 a 0 na Vila Belmiro. Com tamanha frente no placar, a equipe pode fazer um jogo mais seguro e terminou por confirmar a classificação com dois gols no segundo tempo.
Aos 16 minutos, após intervenção do VAR, a arbitragem marcou pênalti em toque de mão de Bia Menezes dentro da área. Duda Sampaio cobrou com categoria, deslocando a goleira Camila Rodrigues para marcar.
No fim do jogo, aos 43 minutos, o Corinthians rodou a bola pelo campo de ataque, até que Fernandinha recebeu cruzamento rasteiro e finalizou de primeira para fechar o placar: 2 a 0.
A equipe corintiana, maior campeã brasileira com quatro títulos, sétima disputará a sétima decisão consecutiva.
É A FERROVIÁRIA NA FINAL! 🚂
Com emoção até o fim! Nos pênaltis, a Ferrinha venceu o São Paulo por 3 a 1 e garantiu a classificação para a grande final do #BrasileirãoFemininoNeoenergia! Parabéns, @guerreirasgrena! 👏 pic.twitter.com/VfGHjURVFp
— Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) September 2, 2023
Ferroviária sofre, mas passa pelo Tricolor
Em Araraquara, o cenário antes de a bola rolar era semelhante ao da outra semifinal. A Ferroviária fez 3 a 1, fora de casa, no jogo de ida e parecia ter grande vantagem diante do São Paulo. No entanto, o Tricolor precisou de apenas 45 minutos para trazer muitas incertezas para o duelo.
Em duas jogadas aéreas pela esquerda, na reta final da primeira etapa, o São Paulo recuperou terreno na eliminatória e foi para o intervalo com um placar que levava a decisão da vaga para os pênaltis. Aos 36, Micaelly levantou na área e Ariel, completamente livre, finalizou de cabeça para abrir o placar. Seis minutos depois, Micaelly cobrou falta pela esquerda, a bola atravessou toda a área sem que ninguém desviasse e morreu no fundo das redes de Luciana.
O segundo tempo foi tenso, dividido entre duas equipes que queriam evitar os pênaltis mas também temiam um gol fatal que as eliminasse. A vaga ficou mesmo para a decisão por pênaltis.
Neste momento, a goleira Luciana cresceu, enquanto as batedoras do Tricolor falharam. As três primeiras cobranças do São Paulo foram desperdiçadas. Cacau parou na trave direita, enquanto Pardal e Ariel tiveram seus chutes defendidos por Luciana. A disputa só durou um pouco mais porque Lari, pela Ferroviária, também não converteu sua cobrança. Mylena Carioca, na quarta cobrança da Ferroviária, marcou e fechou a decisão em 3 a 1.
A Ferroviária chega à sua terceira decisão. Até agora tem 100% de aproveitamento, com duas finais e dois títulos (o primeiro veio em 2014, na disputa com o Kindermann).