O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está se preparando para transmitir notícias ruins sobre inflação, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine-Jean-Pierre, em entrevista coletiva realizada na segunda-feira 11.
Na manhã de quarta-feira 13, o Bureau of Labor Statistics (BLS) deve informar os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) referentes a junho. No mês anterior, a métrica subiu 8,6% — número mais alto em quatro décadas.
White House Press Secretary Karine Jean-Pierre says Wednesday’s CPI inflation data is expected to be “highly elevated, mainly because gas prices were so elevated in June … The cost of gas in July is already down 7% from the June peak.” pic.twitter.com/tbcQqztvnB
— The Recount (@therecount) July 11, 2022
“Esperamos que os números do relatório, que inclui os preços do gás e dos alimentos, sejam elevados, porque o preço do gás esteve alto em junho”, observou Karine. “Os preços do gás e dos alimentos continuam a ser fortemente impactados pela guerra na Ucrânia. E há alguns pontos importantes a serem lembrados quando obtivermos esses dados retroativos.”
Karine salientou que os dados de junho estariam desatualizados, em razão do possível alívio das pressões inflacionárias. O preço do gás, por exemplo, diminuiu nas últimas semanas, depois de ultrapassar US$ 5 por galão no início de junho. Nesta terça-feira, o preço médio nacional do gás está em US$ 4,66.
“A prioridade econômica número um do presidente é combater a inflação”, ressaltou a porta-voz da Casa Branca. “E, olhando para o futuro, há uma série de razões pelas quais esperamos que esses altos preços diminuam nos próximos meses. Nosso governo continuará a impulsionar mudanças estruturais, para produzir preços mais baixos, salários mais altos e tornar nossa economia dinâmica e competitiva.”
A inflação é um assunto importante para os norte-americanos que votarão nas eleições deste ano. Apenas 1% dos eleitores atualmente classificam as condições econômicas do país como excelentes, segundo pesquisa divulgada na segunda-feira 11 pelo The New York Times.