Fotos de modelos em anúncios femininos que tenham sido alteradas digitalmente têm de vir com um aviso de que houve modificações na imagem. É o que propõem parlamentares britânicos da “Comissão de Saúde e Assistência”.
O grupo quer ainda que o governo do Reino Unido aprove uma proposta para “regulamentação mais rígida” da publicidade de procedimentos estéticos, como o preenchimento facial. A ideia é lutar contra a “beleza irreal da indústria”.
“Ouvimos falar de algumas experiências angustiantes, uma abordagem tipo linha de montagem, com procedimentos realizados sem perguntas”, disse Jeremy Hunt, ex-ministro da Saúde e presidente do comitê, à BBC News.
A comissão parlamentar tem em vista fazer o Estado obrigar os anunciantes a apresentarem uma “variedade maior de tipos estéticos e corporais, em detrimento das imagens filtradas e irreais postadas por influenciadores”.
“Acreditamos que o governo deveria introduzir uma legislação que garanta que as imagens comerciais sejam rotuladas com algum indicativo caso qualquer parte do corpo, incluindo suas proporções e o tom de pele, seja alterada digitalmente”, informa trecho da proposta obtida pela BBC.
As exigências vão além do campo da propaganda. Os parlamentares pretendem ainda obrigar as pessoas que decidam passar por um procedimento estético devem: 1) esperar um intervalo de 48 horas para refletir sobre a intervenção; 2) receber um histórico de saúde física e mental analisado por médicos.
Na semana passada, uma foto da atriz Jennifer Lopez gerou revolta por parte de influenciadores digitais de esquerda. Isso porque, ao lançar produtos de beleza, a cantora publicou imagens de si que, segundo críticos, são irreais.
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