Com prejuízo acima do esperado no segundo trimestre, a Sea Limited, dona da Shopee, anunciou o encerramento das operações na Argentina e a redução das atividades no México, na Colômbia e no Chile.
De acordo com o jornal Valor Econômico, no Brasil, não haverá redução na operação, porém, uma nova taxa sobre a venda será cobrada dos parceiros que usam a plataforma. Com isso, a taxa de uso será de 20%, índice com o qual a Shopee espera melhorar os resultados no Brasil.
No México, na Colômbia e no Chile, a companhia demitirá a maior parte dos funcionários e passará a vender produtos de lojistas estrangeiros, e não vai mais atuar com vendedores locais. De acordo com a Agência Reuters, a Shopee enviou comunicado aos empregados em que citou a “elevada incerteza econômica” para justificar a decisão.
De acordo com a Shopee, a atividade nesses países estava em fase inicial e, na Argentina, a operação era um piloto. Em março, o grupo já encerrou as atividades na França e na Índia.
De maneira geral, o comércio on-line desacelerou o ritmo neste ano. O Alibaba, por exemplo, não teve crescimento nas vendas no primeiro semestre deste pela primeira vez desde a fundação. Nos mercados onde permanece, a Shopee deve aumentar a taxas dos lojistas, como fez no Brasil, para fazer frente aos custos operacionais.
Analistas acreditam que a Shopee, entre 2020 e 2021, subsidiava mais seus clientes e lojistas no Brasil, para tentar ganhar mercado, mas isso foi sendo revisto gradualmente no cenário de crise. De acordo com o Valor, as grandes plataformas do país, como Americanas, Magazine Luiza e Via, pioraram as condições aos lojistas e aos clientes a partir do fim de 2021, para repassar custos.