Implantes de silicone podem estar ligados ao câncer
Próteses provocaram dores, inchaço, caroços e alterações na pele em mulheres norte-americanas.
A agência regulatória norte-americana, Food and Drug Administration (FDA), alertou mulheres que têm implantes mamários ou pretende colocá-los sobre a possibilidade de desenvolverem certos tipos de câncer no tecido cicatricial, que se formam ao redor das próteses.
Segundo o FDA, apesar de rara, a doença maligna marcada pelo crescimento desordenado de células pode se manifestar em implantes de todos os tipos, como os de superfícies texturizadas ou lisas e os preenchidos com soro fisiológico ou silicone.
Um câncer incomum que afeta o sistema imunológico chamado linfoma anaplásico de grandes células (ALCL, na sigla em inglês) foi associado aos implantes texturizados pelos cientistas da agência. Esse tipo de prótese, cujo exterior é áspero, causa mais inflamação no tecido do corpo do que os implantes lisos.
A orientação da FDA
Ao menos 20 casos de carcinoma (tumores que se originam na pele e nos tecidos dos órgãos) e menos de 30 casos de linfomas foram identificados ao redor do implante mamário. Entre os sintomas estavam dores, inchaço, caroços e alterações na pele.
“Um terço das mulheres que têm implantes mamários sentirá dor na mama, sensibilidade ou perda de sensibilidade ou assimetria. Metade experimentará um aperto doloroso do tecido cicatricial ao redor do implante e um terço terá implantes que rompem ou vazam”, informou a agência norte-americana. “Quase 60% precisarão de outra operação para resolver problemas com implantes.”
Na quinta-feira 8, a FDA disse que não está recomendando a remoção das próteses mamárias, mas aconselha que as mulheres consultem um cirurgião plástico caso notarem alterações na saúde.