No dia seguinte aos atos, o ex-presidente atacou os milhões de brasileiros que saíram às ruas pela liberdade e em defesa do governo federal.
“O palanque de Copacabana, pela fotografia que eu vi, e eu só vi na televisão, era supremacia branca no palanque”, disse o petista, a apoiadores. “Eu até comparei que parecia um pouco a Ku Klux Klan. Só faltou o ‘capucho’ e a máscara. Porque era isso o palanque. É o palanque de uma elite, que tinha um cidadão vestido de Louro José, que era o artista principal da festa, ele pulava, ele gritava.”
“Tal conduta afigura-se nos crimes tipificados nos artigos 323 e 325 do Código Eleitoral, de, respectivamente, divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado, e de difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação”, argumentaram os advogados.
No documento obtido pela Revista Oeste, o grupo observou que os comentários de Lula foram “covardes, com intuito de fomentar o ataque aos valores patrióticos e desestabilizar o processo eleitoral com discurso de ódio, comparando o povo do seu país ao grupo radical, sugerindo que, quem vota pela reeleição de Bolsonaro, é branco e da elite, e, quem vota no candidato Luiz Inácio Lula da Silva, é o preto e pobre, uma verdadeira separação de povos”.
Ao juiz da zona eleitoral de Nova Iguaçú (RJ), os advogados pediram que a notícia crime contra Lula pelas falas envolvendo o 7 de Setembro seja admitida.