No último domingo 11, dia em que a destituição do então presidente Salvador Allende pelos militares completou 49 anos, manifestantes de extrema esquerda foram às ruas de Santiago em protesto contra a rejeição da Constituição do Chile.
Encapuzados, manifestantes de esquerda praticaram vandalismo contra os patrimônios público e privado e entraram em confronto com a polícia. Entre eles, havia estudantes de esquerda e membros do movimento extremista Antifa.
Activistas de izquierda con banderas de Antifa (“antifascismo”), están lanzando bombas molotov y saqueando locales comerciales cerca del Palacio Presidencial de Chile, días después del rechazo a la constitución socialista.pic.twitter.com/GQ0s2q45rA
— Emmanuel Rincón (@EmmaRincon) September 11, 2022
— Carabineros Prefectura Central (@CarabPrCentral) September 11, 2022
Os protestos voltaram a ocupar o centro das ruas da capital depois de a nova Constituição do Chile, de viés socialista, ser rejeitada por 61% dos votos, com a participação de 85,8% dos 15 milhões de cidadãos convocados às urnas.
Entre outros pontos, a Carta Magna propunha o fim do Senado, ampliação dos poderes do Estado e maior participação das minorias do governo. Com as propostas vindo à tona, a população passou a se manifestar contra o texto, apesar de ter votado por uma nova Constituição.
Também alvo dos protestos foi o presidente do país, Gabriel Boric, cuja popularidade está em queda, após seis meses no governo. Atualmente, a desaprovação do esquerdista está em aproximadamente 60%.