Lula já era vaiado pela multidão em 2007 (veja o vídeo)
Vídeo mostra desconforto do ex-presidente com rejeição do público que lotou o Maracanã nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.
Em campanha para voltar à Presidência, Lula (PT) enfrenta hoje rejeição de boa parte do eleitorado, em razão da ligação com casos de corrupção — apesar de ter os julgamentos em que era réu suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sem anulação de condenações. Mas, mesmo há 15 anos, na época como presidente, Lula já era vaiado por brasileiros insatisfeitos.
Lula foi intensamente vaiado em julho de 2007, na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. À época, o escândalo do Mensalão tomava o noticiário político e manchava a reputação do governo petista, já em segundo mandato.
O termo Mensalão batizou o esquema de financiamento de parlamentares de diversos partidos para a composição de base aliada. Tratava-se de um pagamento periódico para que deputados votassem na Câmara a favor do governo.
O vídeo abaixo, em reportagem da TV Globo, registra o incômodo de Lula na abertura do Pan-Americano do Rio. Ao lado do então governador, Sérgio Cabral, hoje preso, o presidente escutou vaias do público que lotou o Maracanã quando teve o nome anunciado. Depois, driblou o protocolo oficial para desistir de discursar. Então, o pronunciamento de abertura do evento ficou com Carlos Arthur Nuzman, então dirigente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que também viria a ser preso por envolvimento em corrupção.
Para vocês, mais jovens, saberem e os mais velhos relembrarem a “saudação” ao ex-presidiário logo após o primeiro escândalo, o do mensalão.
NUNCA FOI TÃO FÁCIL ESCOLHER!
Você pode não gostar do Bolsonaro, mas ideologia é uma coisa e desonestidade é OUTRA. pic.twitter.com/yhTHDMuMhv— Sergio Gouvêa (@sergouvea) September 13, 2022
Corrupção na Rio 2016
Adiante, ainda em 2007, com Lula, Cabral e Nuzman juntos em evento do Comitê Olímpico Internacional (COI) na Dinamarca, o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Anos mais tarde, um desdobramento da Operação Lava Jato descobriu que o governador fluminense e o presidente do COB estavam envolvidos em esquema de compra de votos que beneficiou a vitória da candidatura brasileira.