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Parlamentares de Uganda querem prender gays, lésbicas e transgêneros


Parlamentares de Uganda tentam emplacar uma lei que propõe a prisão de gays, lésbicas, transgêneros e não binários. A pena pode chegar a dez anos.

Os políticos sugeriram a medida uma década depois de a Suprema Corte anular uma legislação que permitia a prisão perpétua de homossexuais.

A nova medida criminaliza os cidadãos que não se denominam dos sexos masculino ou feminino. Os parlamentares também propõem a prisão de quem promover, recrutar e financiar atividades LGBT. A pena pode chegar a cinco anos de prisão.

A antiga legislação sobre gays e lésbicas foi aprovada quando Uganda ainda estava sob domínio britânico. A lei acabou derrubada em 2014.

“Este é o momento em que você vai nos mostrar se é homossexual ou não”, disse a presidente do Parlamento de Uganda, diante de congressistas, em discurso nesta quinta-feira, 9.

Asuman Basalirwa, idealizador do projeto, seguiu na mesma linha. “Precisamos proteger nossa sociedade do câncer representado pela homossexualidade”, afirmou. “Não podemos sentar e assistir à cena, enquanto nossos valores são corroídos por grupos ocidentais que estão recrutando ativamente nossos filhos para a homossexualidade.”

A homossexualidade é ilegal em quase metade dos 54 países da África. O sexo entre gays é crime passível de morte na Mauritânia, no Sudão e em regiões da Nigéria e da Somália.

Com informações do jornal The Wall Street Journal


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