Sem trégua, MST invade mais uma fazenda na Bahia
As invasões de propriedades agrícolas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuam ocorrendo na Bahia. Cerca de 170 famílias invadiram uma fazenda no município de Macajuba, a 280 quilômetros de Salvador, na região da Chapada Diamantina, durante a madrugada do domingo 12.
A informação sobre a nova invasão foi divulgada pelo próprio movimento nas redes sociais.
O MST alega que a fazenda é improdutiva e está abandonada há anos “sem cumprir sua função social”.
Já o neto do dono da fazenda, Bruno Oliveira de Carvalho, em entrevista à TV Bahia, disse que o avô morreu em 2005 e a propriedade, que era usada para atividades pecuárias, está no inventário da família.
O processo estaria parado há alguns anos, por causa de uma divergência no tamanho declarado em cartório, e a correção precisa ser feita conforme as normas técnicas exigidas pelos órgãos competentes.
Segundo Bruno, a filha do dono, que é inventariante, esteve no local na segunda-feira 13, acompanhada de policiais militares, e conversou com o representantes do MST. A família está tentando negociar a desocupação da propriedade.
Em nota, a Polícia Militar comunicou que foi acionada pelo Centro Integrado de Comunicação com a informação de que um grupo de pessoas teria invadido uma propriedade rural. A PM reforçou o policiamento na região.
Neste ano, já foram registradas 12 invasões, metade do contabilizado durante todo o mandato de Jair Bolsonaro (24).
Na Câmara do Deputados, há três pedidos para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões de terra por movimentos sociais.
Segundo o deputado Ricardo Salles (PL-SP), a que tiver maior alcance das assinaturas primeiro será protocolada.
“Vamos ver qual das três está mais avançada, e consequentemente, completar as assinaturas para que ela possa, tomara, eu crio, nesta terça-feira, 14, já ser protocolada”.
E prosseguiu: “O importante é que haja uma CPI, que isso seja investigado, inclusive e principalmente na Bahia, examinando a leniência das autoridades com esse movimento”, declarou.