Agronegócio

Minas Gerais suspende exposições de aves


Para evitar a gripe aviária, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais suspendeu os eventos que tenham aglomeração de aves e suínos, como as feiras de exposição. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia do órgão, publicou a medida na terça-feira, 14.

Izabella Hergot, fiscal responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola do IMA, disse que outras localidades também suspenderam os eventos com aves, para proteger da gripe aviária. De acordo com a especialista, todos os Estados que possuem polo de avicultura podem adotar a medida.

“A portaria determina a proibição das aglomerações das aves, porque a principal forma de transmissão da influenza aviária é o contato entre os animais”, explicou. “Dessa forma, evitamos a disseminação da influenza aviária de alta contaminação. Recentemente, foram registrados muitos focos de transmissão na Argentina.”

Livre das contaminações por gripe aviária até o momento, Minas Gerais adotou a suspensão dos eventos com aves de forma preventiva. As autoridades estaduais querem proteger a galinha dos ovos de ouro. A contaminação por gripe aviária leva o animal a um destino certo: a morte.

Granjas aplicam a abate tanto ao espécime doente quanto a todos os outros que passaram por contato com ele, direta ou indiretamente. A medida é usada para impedir que a doença se espalhe. Um espécime doméstico eventualmente contaminado com a gripe aviária em uma feira em Minas Gerais poderia espalhar a doença a outras granjas, levando ao extermínio de milhares de aves.

O agronegócio mineiro figura entre os grandes produtores avícolas do país, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No ano passado, as criações locais responderam por cerca de 9% de toda a produção de ovos do Brasil — o terceiro maior volume no ranking nacional. Além disso, o Estado é o sexto maior produtor de carne de frango no território nacional, com pouco mais de 7% dos resultados dos abates.

A transmissão da doença também ocorre de aves silvestres para domésticas. Desse modo, é preciso impedir o contato entre elas. Contudo, é impossível cortar o fluxo dos animais selvagens que migram pelo ar.

Assim, evitar o perigo que vem do ar envolve a implantação de barreiras externas, como as telas e o controle de acesso, a eliminação de pontos que atraiam aves migratórias, como árvores frutíferas próximas às criações, e a proteção da ração e das fontes de água.

Leia também: “O vírus da gripe aviária ronda o país”, reportagem de Artur Piva para a Edição 154 da Revista Oeste


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