Economia

Banco Central mantém Selic em 13,75% pela quinta vez


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira, 22, manter a taxa básica de juros — a Selic — em 13,75% ao ano. Essa foi a quinta manutenção seguida da taxa. Dessa maneira, o patamar de juros continua no maior nível desde dezembro de 2016.

De acordo com o comunicado, a inflação de fevereiro permaneceu mais forte do que o esperado e ainda segue longe da meta. Para o decorrer do ano, a expectativa é que a taxa possa subir ainda mais, dependendo dos indicadores do país. O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 está em 5,6%. A meta proposta pelo governo é que, em 2023, fique entre 3,25% e 4,75%.

A última vez em que o Banco Central mexeu na taxa de juros foi na reunião de 3 de agosto, quando aumentou de 13,25% para os atuais 13,75%. Quando houve, em 21 de setembro do ano passado, a decisão de manutenção da taxa, o Copom afirmou que não estava descartada uma nova alta — caso “o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar as decisões do presidente do BC, Roberto Campos Neto. Às vésperas da reunião, durante entrevista, o petista fez novas críticas sobre o valor da taxa de juros no Brasil e afirmou que “vai continuar batendo” na instituição financeira.

Ainda de acordo com o chefe do Executivo, a taxa básica de juros praticada no Brasil é absurda. “Num momento em que a gente tem o juro mais alto do mundo, num momento em que não existe uma crise de demanda, não existe excesso de demanda”, salientou.


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