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Lula quer reverter saída da Unasul — que nunca existiu de verdade


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar, nos próximos dias, o decreto que revoga a saída do Brasil da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o país deixou a entidade de esquerda — criada durante os governos petistas e que tinha como integrante a Venezuela do ditador Nicolás Maduro.

O decreto e a carta de ratificação com as intenções brasileiras de retorno estão prontos. A previsão é que Lula assine o documento em até dez dias. A corrida de Lula para o retornar à Unasul tem como objetivo registrá-la em seu balanço de cem dias de governo. Desta maneira, o governo brasileiro espera se reaproximar de países ideologicamente alinhados, como a Argentina, a Bolívia, o Chile, a Colômbia, a Guiana, o Suriname e a Venezuela. 

A Unasul era formada, em sua origem, por 12 países da América do Sul. O objetivo era “construir um espaço de diálogo e articulação no âmbito cultural, econômico e político entre seus membros”. No entanto, a instituição nunca conseguiu destaque em suas ações, e a economia dos países membros apresentou diversos problemas. 

Em contrapartida à saída do Brasil da Unasul, foi criado o Foro para o Progresso e Integração da América do Sul (Prosul). O grupo é formado por Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru. Na época de sua criação, o Prosul era composto de países alinhados à direita.

No ato da saída, o Ministério das Relações Exteriores fez o anúncio oficial, por meio de nota. “Em abril de 2018, os governos de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai decidiram, de forma conjunta, suspender a sua participação da Unasul, em função da prolongada crise no organismo, quadro que, desde então, não se alterou.”


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