Veja os processos que Lewandowski vai deixar para futuro ministro do STF
O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai herdar o acervo de processos de Ricardo Lewandowski.
Entre os casos sob o comando do atual ministro estão a ação sobre nomeação de políticos para o comando de estatais, um inquérito sobre emendas de relator e ações remanescentes da Operação Lava Jato.
Até sexta-feira 31, havia 883 processos no gabinete do ministro. Desses, 548 aguardam apenas o trânsito em julgado para serem arquivados, o que deixará um acervo de 335 processos para o sucessor.
Além disso, o substituto do ministro, que se aposenta em 11 de abril, vai assumir uma cadeira na Segunda Turma, colegiado responsável por analisar os processos da Lava Jato.
Um dos cotados para a vaga é o advogado Cristiano Zanin, que defendeu Lula nos processos no STF.
No entanto, caso isso se concretize, o advogado estará impedido de participar da análise de todas as ações da Lava Jato em que atuou como advogado — sob pena de sofrer impeachment, caso não cumpra essa regra. Em outros processos da operação em que não atuou diretamente, Zanin pode avaliar e apontar suspeição.
Entre outras ações, o advogado de Lula apresentou ao STF uma reclamação que levou à suspensão de uma série de processos ligados à operação. Em fevereiro, por exemplo, Lewandowski determinou o arquivamento de três investigações que miravam Lula. O vice-presidente Geraldo Alckmin também já foi beneficiado no âmbito dessa ação.
Se Zanin chegar ao STF, o processo terá de ser redistribuído entre os demais ministros da Segunda Turma, o que pode impactar nas decisões.
O novo ministro também vai ficar com o caso do advogado Rodrigo Tacla Duran, réu na Lava Jato e que acusa o ex-juiz Sergio Moro de extorsão. O processo foi enviado da primeira instância para o STF e é relatado por Lewandowski.