Governo proíbe venda e uso de vacinas contra a febre aftosa
O Ministério da Agricultura proibiu o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa em seis Estados e no Distrito Federal (DF), conforme portaria publicada na segunda-feira 3.
Além do DF, compõem o grupo Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. São os Estados do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa. “A manutenção da proibição está condicionada à conclusão das ações estaduais previstas no Plano Estratégico 2017-2026”, diz a publicação.
Em abril de 2022, o ministério havia informado que suspenderia a vacinação contra a enfermidade nessas regiões a partir de novembro do ano passado. A ação faz parte do projeto de tornar o Brasil livre da febre aftosa (sem vacinação) até 2026.
Para realizar a transição de status sanitário, os Estados e o DF atenderam aos critérios definidos no Plano Estratégico. Isso está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa).
Ao todo, cerca de 113 milhões de bovinos e bubalinos (búfalos) deixarão de ser vacinados, o que corresponde a quase 50% do rebanho total do Brasil.
Para o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa, a Omsa exige a suspensão da vacinação contra a doença e a proibição de ingresso de animais vacinados nos Estados e nas regiões afetadas durante o período 12 meses.
Atualmente, no Brasil, apenas Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.