Política

Gilmar Mendes ataca, e Moro rebate: ‘Obsessão’


O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma “contribuição” importante para o Brasil ao tirar o Sergio Moro (União-PR) da Vara Federal de Curitiba, quando o ex-juiz e atualmente senador chefiava a Operação Lava Jato, e nomeá-lo para o Ministério da Justiça. A declaração do magistrado ocorreu em entrevista divulgada nesta quarta-feira, 5, pela revista Veja.

Gilmar contou que teve uma conversa com o ex-presidente, na qual Bolsonaro disse que não traria Moro para o governo. O ministro discordou: “Foi uma boa contribuição do governo, talvez uma das suas grandes obras, ter trazido Moro e depois tê-lo devolvido para o nada”.

Segundo o ministro, Moro é um “sujeito inadequado”. O ex-juiz da Lava Jato se tornou ministro da Justiça do governo Bolsonaro, mas saiu do cargo alegando interferência política na Polícia Federal.

Gilmar criticou ainda os ex-procuradores Deltan Dallagnol e Marcelo Miller, a ex-juíza Selma Arruda e o juiz Marcelo Bretas. O ministro ainda disse que o Judiciário está produzindo “umas estrovengas, algumas coisas muito esquisitas”.

Procurado por Oeste, Moro criticou a declaração de Mendes e afirmou que o ministro tem uma “obsessão”. “O ministro Gilmar Mendes novamente concede entrevista, desta vez à Veja, com ofensas e mentiras a meu respeito”, disse. “Lamento nova quebra do decoro judicial, que não reflete a tradição do STF. Definitivamente, não tenho a mesma obsessão pelo ministro Mendes.”


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