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Arqueólogos encontram mãos decepadas do Antigo Egito


Uma equipe de arqueólogos descobriu 12 mãos decepadas enterradas, com a palma para baixo, em três covas em um antigo palácio egípcio dos hicsos, no nordeste do Egito. O estudo foi publicado na revista Nature, em 31 de março.

Os achados fornecem a primeira prova de amputações nessa cultura, além de uma nova visão sobre os aspectos “mais sombrios” da história egípcia. Segundo os especialistas, não é certo se as mãos foram amputadas de pessoas que já haviam morrido, ou se estavam vivas, mas foi determinado que os restos pertenciam a homens adultos.

Os arqueólogos afirmaram que as mãos foram encontradas totalmente intactas, com tendões e ligamentos, e que mantinham os ossos juntos.

Novas pesquisas sugerem que o povo hicso tinha a prática chamada de “tomada de troféus”, ou seja, a amputação da mão direita dos inimigos — muito antes de sua representação nas tumbas egípcias.

A descoberta traz novos possíveis fatos sobre a evolução das antigas práticas de guerra, além de destacar a influência de culturas estrangeiras no desenvolvimento da sociedade egípcia. Os hicsos foram um povo semita asiático que governou o Egito por volta de 1800 a.C., que iniciou o Segundo Período Intermediário da história do Antigo Egito.


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