‘Príncipe’ critica a revogação da Ordem de Mérito Princesa Isabel
Na segunda-feira 03 de abril, o governo Lula, por meio de uma portaria, revogou a “Ordem de Mérito Princesa Isabel”. A honraria havia sido criada durante o governo Bolsonaro. Nesta quinta-feira, 13, o chefe da Casa Imperial Brasileira D. Bertrand de Orleans e Bragança — bisneto da Princesa Isabel — publicou uma nota criticando com veemência a atitude do atual regime, com seus “vícios cada vez mais insuportáveis”.
Num trecho da nota emitida pelos veículos oficiais da Associação Pró Monarquia, entidade que atua como promotora da memória política e cultural do regime monárquico no Brasil, D. Bertrand diz: “Não cabe a um governo reescrever a história. A importância de cada um dos heróis nacionais não é aumentada pela honra que os sucessivos detentores do poder lhes prestam, nem diminuída pela que um ou outro eventualmente lhe recusem”.
Ao falar sobre o “patrimônio imaterial da Nação”, o bisneto da princesa cita o “dever de justiça” que os sucessivos governos cumprem ao honrar a memória deles: “A memória dos heróis integra o patrimônio imaterial da Nação. Ao honrá-los adequadamente, os sucessivos governos cumprem um dever de justiça. Ao negar-lhes a honra de que são credores, faltam ao cumprimento desse dever e se tornam injustos”.
D. Bertrand finaliza a declaração informando que, no próximo dia 13 de maio, 135º aniversário da assinatura da Lei Áurea — que libertou os escravos no Brasil —, os membros da família imperial brasileira, descendentes diretos da Princesa Isabel e de D. Pedro II, farão uma cerimônia religiosa católica no monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. D. Bertrand lembra que o monumento havia sido projetado originalmente para ser uma homenagem à redentora, a Princesa Isabel, que declinou a homenagem em prol do “verdadeiro Redentor”.