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Porto de Santos: suspeitos de fraude milionária viram réus


A Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réus sete envolvidos em fraudes e desvios de recursos públicos da antiga Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal é responsável pela administração do Porto de Santos.

Entre os envolvidos estão o ex-presidente da companhia José Alex Botelho Oliva, ex-integrantes da diretoria e dois empresários.

Segundo a Procuradoria da República em São Paulo, o caso no Porto de Santos começou a ser investigado em 2016. O MPF constatou irregularidades em três contratos licitados em serviços de informática, somando mais de R$ 12 milhões. O principal produto que a empresa contratada forneceu à Codesp – um sistema de gestão de contratos – permaneceu praticamente sem uso após entrar em operação.

As investigações revelaram irregularidades desde a seleção da empresa até a execução dos serviços, com direcionamento do processo licitatório, pagamentos por atividades não efetuadas, superfaturamento e implementação de produtos desnecessários.

“Ficou evidente que se buscou um problema para uma solução fornecida pela Secretaria dos Portos”, ressaltou o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, autor da denúncia do MPF.

A Procuradoria informou que as investigações seguem em curso para averiguar a prática de outros possíveis crimes, como pagamento de propinas e lavagem de dinheiro.


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